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Galeria Corredores da História de Willy Zumblick

Conheça a Galeria Corredores da História de Willy Zumblick, na Fundação InoversaSul

Willy Zumblick é um artista plástico brasileiro nascido em Tubarão, Santa Catarina. A obra vem sendo catalogada desde a construção do Museu que leva o nome do artista, inaugurado em 2000,  e está localizado no Centro da Cidade Azul. Há informações de mais de 5 mil quadros. Muitos ainda não catalogados estão em mãos de colecionadores, amigos do artista, particulares e investidores.

Há quem diga que Willy Zumblick não vendia seus quadros. O próprio artista assegurava isso: “O sustento da família está assegurado pela empresa”, afirmava (uma ótica no Centro da Cidade).

A Fundação InoversaSul é detentora de uma importante coleção de obras do artista. A partir de agora, os quadros de nossa coleção passam a ser expostos e colocados à disposição da população, de acadêmicos e estudiosos da arte. Esculturas, projetos, ensaios serão preparados para enriquecer ainda mais nossa exposição e homenagear a memória do artista plástico tubaronense.

Neste ambiente, também é possível acompanhar as produções audiovisuais da UniTVSC, mantida pela Fundação InoversaSul.

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Willy Zumblick: uma jornada de expressão artística reconhecida

Willy Alfredo Zumblick é um artista plástico talentoso, com destaque para a arte da pintura. Visionário, cujo trabalho transcende fronteiras geográficas e temporais, deixando uma marca indelével no mundo da arte. Nascido em Tubarão (SC), em 26 de setembro de 1913, Zumblick emergiu como uma figura proeminente na cena artística catarinense do Século XX, cativando espectadores com suas representações vívidas e emotivas da vida cotidiana, da cultura, da natureza e da alma humana, especialmente das comunidades de Tubarão e região.

Relojoeiro e ótico, atuou por décadas no estabelecimento criado em 1902 pelo pai, Roberto, um imigrante alemão. Roberto era casado com Ida Furghesti Zumblick. Desde muito jovem, Zumblick exibiu um talento extraordinário para as artes, dedicando-se à sua prática e buscando incessantemente aperfeiçoar suas habilidades. No Colégio São José, era aluno destacado em desenho e em pintura. Na adolescência, era o desenhista dos cartazes de filmes do cinema. Zumblick fazia as peças de divulgação do antigo Cine Yolanda, que tinha sede na Rua São Manoel, no Centro de Tubarão.

Willy aprendeu e desenvolveu sua técnica praticamente sozinho, mas recebeu orientações do pintor alemão Frederico Guilherme Lobe, da Escola Alemã de Belas Artes, de Porto Alegre. Lobe foi contratado pelo Padre Geraldo Spettmann para pintar figuras e passagens bíblicas na Igreja Nossa Senhora da Piedade, na então Catedral de Tubarão. O alemão também pintou obras na Igreja de São Martinho (SC) e passou quatro anos em Tubarão. Em 1939, Willy fez sua primeira exposição individual, em Tubarão. Com o sucesso, foi convidado a expor em Florianópolis, no Cine Rex. Em 1946, Zumblick expôs na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro.

Seu estilo distintivo, marcado por pinceladas vigorosas, cores ricas e uma profunda sensibilidade emocional, logo chamou a atenção de críticos e de admiradores. Sua obra abrange alguns temas muito caros às comunidades de Tubarão e de Laguna, com pinturas que lembram a enchente de 1974, as vidas e as obras de Giuseppe e Anita Garibaldi e o Terno de Reis, tradição dos imigrantes açorianos. Também pintou retratos e paisagens e naturezas-mortas.

A iluminação, em cenas noturnas, foi uma das características da obra de Willy Zumblick, que narrou, nas pinturas, a Bandeira do Divino. O Padre Raimundo Ghizzoni (*13.08.1925 / +6.11.2023), ao falar de Willy Zumblick afirmou que “ele quis ser o pintor do Espírito Santo”, fazendo uma alegoria sobre boa parte da obra do artista tubaronense. Willy produziu pinturas, esculturas, caricaturas, painéis, monumentos e carrancas. A carranca do cacique Tubá-Nharô, símbolo da Cidade de Tubarão, é obra do artista.

Ao longo da carreira, Zumblick produziu mais de 5 mil obras, entre pinturas, esculturas, afrescos, projetos e ensaios. O artista maior de Tubarão chegou a ser candidato a prefeito, em 1965, mas sem sucesso nas urnas. Perto de completar 87 anos, em setembro de 2000, foi inaugurado o Museu Willy Zumblick, que integra o Centro Municipal de Cultura. O Museu, projetado pelo arquiteto Rodrigo Althoff, e inspirado no Museu Guggenheim, de Nova York, é um espaço de exposição permanente de parte do acervo do artista tubaronense. Ao todo, estão expostas 72 telas, 8 esculturas, 115 homenagens recebidas entre troféus, medalhas, diplomas, certificados, placas e alguns de seus primeiros instrumentos de trabalho.

O pintor e escultor Zumblick conquistou respeito e admiração de catarinenses e de autoridades do Estado, sem, contudo, ter sido reconhecido em grandes galerias e exposições, uma vez que dividia o tempo dedicado à arte com os afazeres da ótica e os cuidados com a família. A vida do artista foi moldada também por suas conexões pessoais e familiares. Ele encontrou apoio e inspiração em sua família, particularmente na esposa Célia Sá Zumblick, com quem foi casado por 60 anos, até a morte da amada, em 30 de abril de 2005. O casal teve cinco filhos: Carlos Roberto, Túlio, Maria Elisa, Raimundo e Marcus Geraldo. Todos compartilharam o amor do pai pela expressão artística e criativa. Sua casa, na Rua Ferreira Lima, no Centro de Tubarão, tornou-se um refúgio para a imaginação, onde ideias floresceram e novas obras tomaram forma sob sua orientação habilidosa. A casa era uma verdadeira galeria de artes.

Willy Zumblick participou ativamente de entidades como Rotary Club, Grupo Escoteiro de Tubarão, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Empresarial de Tubarão (Acit) e do Clube 7 de Julho. O artista foi convidado por diversas vezes para integrar a Maçonaria, mas as suas atividades profissionais, a dedicação à arte e à família o impediram de aceitar o convite. Porém, é o responsável pela pintura da abóboda da Grande Loja, em Tubarão.

O artista também recebeu homenagens de diversos municípios, do governo do Estado, da Polícia Militar e do Exército Brasileiro. Um dos prêmios de maior destaque e reconhecimento foi integrar a lista de 100 rotarianos notáveis de diversas áreas como astronautas, políticos, artistas, empresários e líderes que contribuíram para suas comunidades e o mundo. Zumblick foi reconhecido como uma das 100 celebridades mundiais do Rotary Club, ao lado do astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, do ex-presidente dos EUA John F. Kennedy, entre outros. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa outorgado pela Unisul e foi eleito, pela população catarinense como um dos 20 catarinenses mais influentes do século XX.

Morreu na noite de 3 de abril de 2008, no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), sendo sepultado no Cemitério Horto da Saudade, em Tubarão.

Os Palhaços (Foliões)

Os Palhaços (Foliões)

Obra da série Surrealista do artista tubaronense. São telas com imagens fictícias, fantásticas. São alegorias a partir do imaginário de Willy Zumblick.

Soprando Vidro

Soprando Vidro

Esta obra integra as séries Contextos Históricos e de Profissões.

Engraxates

Engraxates

Esta obra integra as séries Contextos Históricos e de Profissões.

Sambaqui: “Ameríndios”

Sambaqui: “Ameríndios”

Esta obra integra as séries Aspectos Regionais e Contextos Históricos.

Índios do Morro dos Cavalos

Índios do Morro dos Cavalos

Esta obra integra as séries Aspectos Regionais e Contextos Históricos.

O Casamento

O Casamento

Esta obra integra as séries Aspectos Regionais e Contextos Históricos.

A Dança do Condor

A Dança do Condor

Esta obra integra as séries Danças Típicas e Contextos Históricos.

O Boi-de-Mamão

O Boi-de-Mamão

Esta obra integra as séries Cultura Regional e Contextos Históricos.

Terno de Reis

Terno de Reis

Esta obra integra as séries Cultura Regional e Contextos Históricos.

Retrato de Padre Dehon

Retrato de Padre Dehon

Esta obra integra as séries Contextos Históricos e Retratos.

Paisagem – Cataratas do Iguaçu

Paisagem – Cataratas do Iguaçu

Esta obra integra a série Paisagens e Lugares.

Dança Gaúcha (nome original Balé Gaúcho)

Dança Gaúcha (nome original Balé Gaúcho)

Esta obra integra as séries Aspectos Regionais e Contextos Históricos.

Bandeira do Divino

Bandeira do Divino

Esta obra integra as séries Aspectos Regionais e Festas Populares.

Bandeira do Divino no Colégio Dehon

Bandeira do Divino no Colégio Dehon

Esta obra integra as séries Contextos Históricos, Aspectos Regionais e Festas Populares.

O dia 26 de setembro marca a passagem do artista plástico Willy Zumblick. Um nome reconhecido em todo o país. No ano em que ele completaria 106 anos a UNITVSC foi às ruas registrar as reações e as marcas do artista no dia-a-dia dos tubaronenses. O trabalho do artista está impresso em diversos pontos de Tubarão.

A família, os amigos, autoridades e a população lembram do artista plástico, do pai e do avô Willy Zumblick. A cidade reverencia o artista na passagem de 110 anos do nascimento do artista maior de nossa cidade e região.

Em 2008, a UNITVSC produziu uma grande reportagem dentro do programa Unisul Repórter, sobre a vida, a obra e a morte do artista no último aniversário com a presença do artista plástico Willy Zumblick. A apresentação foi do jornalista Fábio Cadorin. Algumas imagens e entrevistas são do Curso e Jornalismo da Unisul.

As reportagens contam parte da história do artista. A participação em exposições, a divulgação da obra do talentoso artista catarinense, narrada por ele próprio, além de depoimentos de jornalistas, religiosos e amigos.

O programa realizado pela UniTVSC ouviu personalidades da cidade que, à época, descreviam o relacionamento e a arte do artista.